segunda-feira, 16 de julho de 2012

ONDE TEM UM ESCÂNDALO TEM UMA EMPREITEIRA

Praticamente cada escândalo, CPI, ou cassação de mandato em Brasília tem como fato inicial as relações de governantes e parlamentares com uma grande empreiteira. Os nomes se alternam nas comissões de inquérito, combinados com milhões em verbas para obras públicas ou programas de governo.
No escândalo do momento, a empreiteira no olho do furacão é a Delta. Considerada campeã em contratações de obras do PAC e de governos estaduais, a Delta caiu em desgraça após as revelações da Operação Monte Carlo, cujos grampos arrastaram para a cassação um dos principais nomes da oposição, Demóstenes Torres.
No processo de cassação imediatamente anterior, o de Renan Calheiros, em 2007, a empreiteira da vez era a Mendes Júnior. O então presidente do senado passou longos oito meses na berlinda e escapou de perder o mandato por apenas um voto, sob a acusação de aceitar que a empresa pagasse a pensão de sua amante, Mônica Veloso, com quem Calheiros tem uma filha.
Em 2000, o escândalo de desvio de verbas que encerrou a carreira política de Luís Estevão, do PMDB do Distrito Federal, também envolveu outra empreiteira – no caso, de propriedade do próprio Estevão. O Grupo OK esteve por trás de um esquema de corrupção que envolveu desvios de R$ 169 milhões, dinheiro administrado pelo juiz Nicolau dos Santos Neto, presidente e responsável pela obra do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. (DO BLOG DE CHRISTINA LEMOS)