Os
senadores gastaram no ano passado R$ 21,5 milhões com o chamado “cotão”, como é
conhecida a verba para divulgação das atividades parlamentares, passagens
aéreas, hospedagem, alimentação e consultorias — um aumento de 13,45%,
comparando-se com o ano anterior, quando esses gastos somaram R$ 18,9 milhões.
Em ano de eleição municipal, o aumento foi praticamente o dobro da inflação
prevista pelo Banco Central para 2012, de 5,71%. Enquanto
alguns parlamentares são exímios gastadores, uma ala mais econômica mostra que
é possível dar exemplo. Os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE), Cristovam
Buarque (PDT-DF) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) repetiram a contabilidade com
gasto “zero” em 2012. A
cota de exercício para atividade parlamentar, então chamada de verba
indenizatória, no valor de R$ 15 mil, compõe essa dotação, além da verba mensal
de cinco passagens aéreas de ida e volta, cujo valor varia de acordo com o
estado de representação do senador. A mudança foi feita em junho de 2011, após
denúncias de irregularidades com a emissão de passagens. Os
salários dos senadores tiveram reajuste em janeiro, passando de R$ 26,7 mil
para R$ 28 mil. Além da cota de exercício para atividade parlamentar, cada
gabinete recebe uma verba para o pagamento dos salários e custeio
administrativo. O senador também tem direito a um apartamento funcional ou pode
optar por um auxílio-moradia no valor mensal de R$ 3,8 mil. E não há limite
para despesas médicas para quem está em exercício de mandato.