Na busca de trazer os cearenses formados no Instituo Tecnológico
da Aeronáutica (ITA) de volta ao Estado, um grupo de ex-estudantes da
instituição busca aliar empresários, governo e instituições de ensino para
deixar o mercado local mais atraente. A meta revelada pelos representantes da
Associação dos Engenheiros do ITA, regional Ceará (AEITA-CE) é conseguir, pelo
menos, 10% dos 165 cearenses que se formam anualmente na instituição nos
próximos cinco anos.
Para isso, Artur Guimarães(foto), cabeça da chapa
da associação no Ceará, afirmou que a formação de novos mercados industriais
aumenta as possibilidades de emprego e também deixa o mercado local mais
atrativo aos olhos dos recém-formados. "Nós já temos energia eólica, uma
realidade, a energia solar em formação, novos equipamentos, a indústria Química
e mais a Tecnologia da Informação (TI) que é transversal a isso tudo", diz.
Estratégia
Reunidos no mês passado, os representantes
anunciaram a meta de atração e definiram uma agenda de visitas com grandes
empresas do meio tecnológico, principalmente, por conta das negociações para a
formação do Polo Tecnológico da capital cearense.
"Queremos fechar parcerias com universidades,
instituições de ensino em geral, assim como o empresariado para gerar
oportunidades aqui", contou. Outro representante, o engenheiro Davis
Ananian, contou que, quando estudava no instituto militar, multinacionais sediadas
em São Paulo iam até às salas de aula para recrutar os alunos antes mesmo deles
terem se formado.
Ele ainda defende uma estratégia semelhante para
os grandes grupos que chegam ao Ceará e também pelas empresas locais com
potencial na área de tecnologia. "Eu acredito que o mais importante é o
investimento na formação do pessoal para ocupar posições chaves no
Estado", defendeu Décio Pinheiro, engenheiro formado pelo ITA em 1975 e
que, desde esta época, atua no Ceará.
Um dos principais argumentos de atração do Ceará
frente às grandes metrópoles de dentro e de fora do Brasil que buscam os
profissionais formados pelo ITA corresponde "ao custo de vida bem mais
baixo somado a uma qualidade de vida, além de salários tão grandes quanto".
(Diário
do Nordeste)