O
ex-ministro Ciro Gomes (PSB) defendeu, nesta terça-feira, que
a presidente Dilma Rousseff faça uma ampla reforma ministerial para se livrar
de uma “equipe de quinta categoria”. Para ele, do total de 39 ministérios, dá
para que se faça uma redução para 15 pastas. Ciro observou que essa medida
é necessária até como forma de fazer com que a presidente possa trabalhar
melhor. Em razão de tantos ministérios, segundo o ex-ministro, Dilma acaba
priorizando uma agenda de encontros e não deixando de despachar com setores estratégicos
como Fazenda, Planejamento e outros, no que os demais ministros “acabam vendo a
presidente pela televisão”.
Ciro
foi mais agudo: “Dilma é decente e trabalhadora, mas está cercada de gente de
quinta categoria pilotando e sentada na putaria (desculpe a má palavra!).”
Referiu-se, no caso, ao cenário político no qual está mergulhado o Governo
Dilma, tendo que conviver com aliados do tipo Renan Calheiros (PMDB/AL), o
presidente do Senado que, conforme o ex-ministro, chegou a ser “escorraçado” no
passado por corrupção e agora voltou à cena politica.
Essas
declarações de Ciro foram dadas nesta terça-feira, durante entrevista dele ao
Programa Paulo Oliveira, da Rádio Verdes Mares. Na ocasião, o ex-ministro
chegou a admitir que ainda sonha com a Presidência da República: “Admito, mas
brigar, não brigo mais não!” No PSB, o presidente nacional da legenda, o
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, trabalha para ser candidato. Ciro vem
cobrando dele um projeto.
Sobre
candidaturas a presidente da República como a de Marina Silva, que vem
procurando construindo um novo partido – Rede da Sustentabilidade, Ciro
elogiou,mas disse que ela nunca foi testada como administradora. “Marina não
diz nada. Nunca foi testada. É um santinha!”
Ciro
disse não acreditar na volta da inflação, observando que fenômenos recentes
como o aumento do preço do tomate chegaram a ganhar destaque na grande imprensa
quando, agora, tempos depois, esse mesmo tomate caiu o preço em 25% e não se
viu destaque para esse fato. (Via Blog do Eliomar de Lima)