terça-feira, 2 de julho de 2013

PLEBISCITO: EUNÍCIO DEFENDE MUDANÇAS PARA SUPLÊNCIA DE SENADOR E VOTO MAJORITÁRIO PARA O LESGISLATIVO

Ao participar do ato de entrega das sugestões para a realização do plebiscito sobre a reforma política, o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE) defendeu a consulta popular. “É preciso ouvir a opinião da sociedade a respeito desse tema tão importante e aprovarmos as propostas que vierem das ruas”, afirmou.
Sobre os temas sugeridos pela presidente Dilma Rousseff, Eunício disse serem fundamentais para a formulação de um sistema mais justo. Ele citou como exemplos, a instituição do voto majoritário para o legislativo (vereadores, deputados estadual e federal) e mudanças na escolha para a suplência de senador, esse segundo como lembrou, trata justamente de matéria já apresentada por ele através de um projeto (PLS 41/11) em tramitação no senado. “Compreendo que não é justo um candidato receber milhões de votos, representando a expressiva vontade popular e como consequência desse sistema, trazer para as Câmaras também candidatos que não receberam nem ao menos 100 votos e que não representam a escolha da população”, criticou o líder se referindo ao quociente eleitoral usado nas eleições proporcionais, quando certo candidato atrai muitos votos para a legenda ou coligação, e com ele, elege outros candidatos que não teriam votos suficientes para assumir o cargo.
Sobre a suplência de senador, Eunício defende que o mais votado e não eleito assuma a vaga em decorrência do afastamento do titular. “Não é justo que seja suplente de senador alguém que não conquistou nenhum voto nas urnas”, completou.
Eunício ainda disse ser contra a reeleição, e favorável a unificação das datas das eleições e mandatos e fim das coligações para eleições proporcionais.
As sugestões do governo para a realização do plebiscito foram entregues pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e pelo vice-presidente da República, Michel Temer ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na manhã desta terça-feira (2). De acordo com Cardozo, o detalhamento das propostas para a consulta popular será definido pelo Congresso Nacional. Os pontos apresentados foram: a forma de financiamento das campanhas, do sistema eleitoral, a possibilidade do fim da suplência de senador, a manutenção das coligações partidárias e o fim do voto secreto nas votações do Congresso.