É preciso coragem para reconhecer que o povo não está nem aí para a reforma política. O povão, quer dizer, o trabalhador, o estudante, o baixo assalariado, não se interessam por esses detalhes.
Talvez nem os jovens que vem saindo às ruas para protestar, porque eles protestam por valores muito mais concretos: o funcionamento dos serviços públicos, dos hospitais, das escolas e universidades, o preço das passagens nos transportes coletivos, a necessidade de se acabar com a corrupção, a importância de botar os corruptos na cadeia, a abertura de novos empregos, a contenção do custo de vida e demais reivindicações ligadas ao dia-a-dia de cada um.
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