Carlos Chagas
[....] a verdade é que
pesquisa é pesquisa. Não ganha eleição. Ainda mais quando fica
impossível esquecer as lambanças do primeiro turno, que não vale à pena
lembrar, no mínimo por uma questão de caridade. De qualquer forma,
estamos vivendo o fim do ciclo da ditadura dos institutos. Menos porque
eles faturaram dezenas de milhões de reais, até agora, mais porque
sempre será uma temeridade atribuir a cinco ou dez mil consultados a
opção de 143 milhões.
Para as próximas eleições,
será preciso reformular métodos e meios de aferição da vontade popular.
Por enquanto, só temos os atuais institutos para tentar vislumbrar o
futuro. Devemos considerar seus números, na falta de outros
instrumentos, mas sabendo que a verdadeira pesquisa verifica-se apenas
no dia da eleição. Ninguém garante que Dilma ou Aécio não estejam desde
já com percentuais muito maiores do que os divulgados. Só saberemos
daqui a dez dias.