Em eleição secreta, a Assembleia Legislativa escolheu, nesta
quinta-feira (01/12), a nova Mesa Diretora, que irá dirigir a Casa no
biênio 2017-2018. Por 27 votos a 18 e um voto nulo, a chapa eleita,
Welington Landim, é composta por Zezinho Albuquerque (PDT), na
Presidência; Tin Gomes (PHS), na 1º Vice-Presidência; Manoel Duca (PDT),
como 2º vice-presidente, Audic Mota (PMDB), 1º secretário; João Jaime
(DEM), 2º secretário; Julinho César (PDT), 3º secretário, e Augusta
Brito (PCdoB), como 4ª secretária; Robério Monteiro (PDT), 1º vogal;
Ferreira Aragão (PDT), 2º vogal, e Bruno Pedrosa (PP), 3º vogal.
Os candidatos eleitos tiveram como adversários a chapa Murilo Aguiar,
encabeçada por Sérgio Aguiar (PDT), como presidente; Joaquim Noronha, 1º
vice-presidente (PRP); Danniel Oliveira (PMDB), 2º vice-presidente;
Aderlândia Noronha (SD), 1ª secretária; Gony Arruda (PSD), 2º
secretário; Ely Aguiar (PSDC), 3º secretário; Roberto Mesquita (PSD), 4º
secretário; Fernanda Pessoa (PR), 1º vogal; Bruno Gonçalves (PEN), 2ª
vogal, e Dra. Silvana (PMDB), como 3º vogal. A nova direção da
Assembleia toma posse em 1º de fevereiro.
A votação foi iniciada após os pronunciamentos dos candidatos à
Presidência e dois oradores em nome de cada chapa. Falaram pela chapa
vencedora os deputados Elmano Freitas (PT) e Evandro Leitão (PDT) e pela
chapa adversária, Dra. Silvana (PMDB) e Roberto Mesquita (PSD).
Em discurso antes da votação, o atual presidente e candidato à
reeleição, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), ressaltou o aprendizado
ao longo desses anos no comando do Legislativo e agradeceu os apoios
recebidos.
“Por justiça quero começar agradecendo pelos anos todos de convivência
fraterna, pelas lições preciosas de sabedoria e vivência política, pela
camaradagem e solidariedade nas horas de amargura e também pelo calor
da amizade nas horas de alegria vividas em sete mandatos nesta Casa”,
afirmou.
Zezinho Albuquerque enfatizou ainda a boa imagem que a Casa tem
mantido, mesmo em meio à atual crise política e econômica. O parlamentar
também assegurou a disposição de corrigir erros e falhas que possam ter
ocorrido ao longo dos últimos quatro anos. “É isto o que posso oferecer
em troca de meu humilde pedido pelos seus honrados votos: equilíbrio,
serenidade, administrar para todos, zelar pelo diálogo e pela paz em
nosso Estado em um momento tão difícil do País”, disse.
O deputado Sérgio Aguiar, ao defender sua candidatura, destacou o
momento histórico do Parlamento cearense: “vivenciamos, neste momento,
um pleito histórico e democrático, que, para nós, não dividiu quem apoia
ou não o Governo, mas quem apoia duas candidaturas da mesma base
governista e do mesmo partido”.
Para o parlamentar, “cada voto direcionado à nossa chapa crê na solidez
da representatividade do Legislativo como um local que configura, de
fato, a democracia. E são esses votantes que, sem dúvidas, nos ajudarão a
fazer deste Parlamento um espaço ainda mais próximo da comunidade”.
Sérgio Aguiar reverenciou a memória do avô Murilo Aguiar, morto de
enfarto após disputar a Presidência da Casa, e do pai, conselheiro do
TCM e ex-deputado Chico Aguiar, agradecendo ainda servidores e
parlamentares que o apoiaram na disputa.
Roberto Mesquita (PSD) e Dra. Silvana (PMDB) se pronunciaram pela chapa
Murilo Aguiar. Roberto Mesquita disse que o momento era de festejar a
democracia. “Através do voto, devemos tomar nossa decisão”. A deputada
lembrou que, depois de 32 anos, a Assembleia voltou a ter uma disputa
pela direção do Poder. Ela pediu que os poderes Executivo e Legislativo
fossem divididos. “A história precisa mudar”.
Os deputados Elmano Freitas (PT) e Evandro Leitão (PDT) falaram pela
chapa Welington Landim. “Temos disputas políticas nos municípios, no
Estado e aqui também. É uma casa de pluralidade de ideias e
posicionamentos”, disse Elmano. Evrandro Leitão ressaltou as ações
desenvolvidas pela Assembleia, como legislar e fiscalizar o Executivo.
“O Poder tem o papel de defender a população e segmentos sociais”.
Antes da votação, o Psol, de Renato Roseno, divulgou nota oficial revelando que o representante do partido iria anular o voto.