quinta-feira, 11 de novembro de 2021

ENTENDA A PEC DOS PRECATÓRIOS E POR QUE ELA É ALVO DE CRÍTICAS


A Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (9/11), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da renegociação do pagamento de precatórios.

A PEC é a principal aposta do governo para viabilizar o programa substituto do Bolsa Família, o Auxílio Brasil – que deve garantir um benefício mensal de R$ 400 até o fim de 2022. Para isso ser possível, contudo, é necessário abrir espaço no Orçamento de 2022. Ao todo, a verba necessária é de R$ 91,6 bilhões.

  1. Adiar o pagamento de precatórios (dívidas judiciais do governo com condenações definitivas);
  2. Mudar a correção do teto de gastos (a regra que impede que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação).

Em nenhuma parte da PEC dos Precatórios, no entanto, constam os detalhes do novo programa social ou os critérios para as famílias contempladas. É descrita apenas a distribuição dos R$ 91,6 bilhões conquistados, cujo:

  • R$ 2 bilhões vão para Judiciário, Legislativo, Ministério Público e Defensoria, que também têm teto corrigido por nova fórmula;
  • R$ 3,9 bilhões vão para assegurar vinculação em educação;
  • R$ 1,8 bilhão será destinado a assegurar vinculação em saúde;
  • R$ 0,3 bilhão vai para as emendas impositivas individuais e de bancada.

Nesta conta, restam ainda R$ 83,6 bilhões a serem divididos em:

  • R$ 50 bilhões para aumento do Auxílio Brasil;
  • R$ 24 bilhões para o reajuste maior de despesas atreladas ao salário mínimo.