terça-feira, 12 de janeiro de 2021

COAF JÁ PRODUZIU 47 RELATÓRIOS COM INDÍCIOS DE IRREGULARIDADE NA ELEIÇÃO

 


Com base em dados fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) envolvendo as prestações de contas de candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador nas eleições municipais de 2020, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) já produziu 47 Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) com possíveis indícios de irregularidades referente às Eleições 2020.
Desde o início do processo eleitoral de 2020, uma força tarefa vem atuando de forma integrada para identificar possíveis ilícitos eleitorais. O trabalho de identificação reúne técnicos do TSE, da Receita Federal do Brasil (RFB), do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério Público Eleitoral (MPE), da Polícia Federal (PF), do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério da Cidadania (MC).
Os relatórios do Coaf contendo indícios de crimes eleitorais são encaminhados ao TSE e também ao Ministério Público. Quando identificados indícios de outros crimes, os relatórios são encaminhados às autoridades com competência para investigá-los. Na maioria dos casos, são acionados os Ministérios Públicos Estaduais e Federais, Polícias Civis, Federal e a Secretaria da Receita Federal.
O levantamento realizado pelo Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral se baseia em estudos técnicos de fiscalização que visam identificar padrões de comportamentos que podem indicar a ocorrência de irregularidades na captação das doações de campanha ou na contratação de bens ou serviços por candidatos e partidos. Os indícios de irregularidades são utilizados pela Justiça Eleitoral como informação de inteligência para o exame e julgamento das prestações de contas de candidatos e partidos políticos. Por sua vez, o Ministério Público Eleitoral (MPE) é o órgão competente para investigar os indícios de irregularidades.
Além de colaborar com a verificação e a análise de ilícitos eleitorais relacionados ao financiamento empresarial de campanha, proibido desde o pleito de 2016, o Coaf também tem auxiliado o TSE a identificar candidaturas ligadas a organizações criminosas.

(Jornal O Estado)