Em mensagens de WhatsApp enviadas a si próprio, Francisco Wanderley Luiz, o ex-candidato do PL que se explodiu na Praça dos Três Poderes após lançar artefatos contra a estátua do Supremo Tribunal Federal, fazia, em resumo, o seguinte:
- comparava a Suprema Corte e a Polícia Federal à SS (guarda de elite de Hitler) e à Gestapo (polícia secreta da Alemanha nazista), dizendo que elas só serviam para “prender velhinhas inocentes” (alegação típica do bolsonarismo, em defesa de réus dos atos de 8 de janeiro de 2023);
- xingava políticos à esquerda (Geraldo Alckmin, FHC, José Sarney) e um apresentador da TV Globo (William Bonner) de “comunistas de merda”;
- afirmava não gostar do número 13, do PT, que “tem cheiro de carniça, igual caxorro [sic] quando morre”, motivo aparente da escolha do dia 13 de novembro para soltar “uns foguetinhos”;
- pedia ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para (1) acelerar a “operação STORM”, uma ação de combate à pedofilia internacional que só existiu em fake news espalhada por bolsonaristas; e (2) mandar “o FBI aqui pra Ilha de Marajó”, localidade que foi alvo de denúncias bolsonaristas de exploração sexual infantil.
(O Antagonista)