Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que 38,7% dos municípios cearenses estão em situação difícil de gestão fiscal, percentual bem acima da média nacional de 25,5%. Os dados constam no Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) referentes a 2024.
Outros 18,8% das cidades vivem situação crítica, também superior à média do País, de 10,4%. Em contrapartida, 38,1% dos municípios do Estado registraram situação considerada boa, número inferior à média nacional (40,7%). O cenário é ainda mais desigual na categoria de excelência: somente 4,4% dos municípios atingiram esse patamar, enquanto, no Brasil, a média chega a 23,3%.
O IFGF Autonomia, que avalia se as receitas geradas localmente cobrem as despesas essenciais, foi o indicador com pior desempenho, marcando 0,1887 ponto, 57,1% abaixo da média nacional. No total, 92,8% das cidades ficaram com conceitos C ou D, e 59 prefeituras receberam nota zero por não conseguirem suprir sequer as despesas básicas. O dado reforça a forte dependência das transferências federais, que tornam os municípios vulneráveis a oscilações econômicas e dificultam a construção de políticas públicas sustentáveis de longo prazo.