terça-feira, 3 de novembro de 2009

CAIXA OFERTOU R$ 40 MIL PARA FESTA DE MINISTRO DO STF

Causou constragimento no STF o repasse de R$ 40 mil feito pela CEF para ajudar no custeio da festa que celebrou a posse de José Antonio Dias Toffoli.
“É claro que é um desgaste para ele e para a instituição também”, comentou o ministro Marco Aurélio Mello, neocolega de Toffoli no Supremo.
“Só posso presumir que ele não estava a par disso”, Marco Aurélio acrescentou. Dito e feito.
Toffoli foi aos microfones para informar o seguinte: “Não pedi festa nenhuma e não sei onde obtiveram o dinheiro...”
“...Supus que os recursos vieram dos associados [de entidades de magistrados], mas de onde veio o dinheiro não é problema meu. É problema de quem ofertou”.
Tomado pela ótica jurídica, o problema, de fato, não é de Toffoli. O novo ministro não deve ser chamado a prestar contas a nenhum órgão de controle.
Mas, como lembrou Marco Aurélio, o problema é outro. O questionamento vem da sociedade, de cujos bolsos vem o dinheiro que nutre as arcas da CEF.
Toffoli teria feito melhor se, consumada a posse, tivesse limitado os festejos ao estouro do champanhe no mais profundo recôndito do lar.