Até a semana passada, eles foram os reis da tesoura e das faixas de inauguração. Como brincou o presidente Lula, inaugurou-se até “maquete”. Com a desincompatibilização, termina o momento da pré-campanha em que Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB, se escondiam nos antigos cargos de ministra da Casa Civil e governador de São Paulo para maquiar suas propagandas eleitorais como atividades de governo.
A eleição entra agora numa nova fase. Pelo calendário eleitoral definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha oficialmente só começa após as convenções partidárias em junho, a propaganda eleitoral só se inicia no dia 6 de julho. Mas, na prática, a partir da quarta-feira passada (31), quando deixaram seus cargos, Dilma e Serra passaram a ser unicamente candidatos. E a mudança redefine suas estratégias de campanha. Seus dois principais adversários na disputa, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e a senadora Marina Silva (PV-AC), podem, conforme a legislação, permanecer nos seus cargos de parlamentares.
Mas, forçosamente, a mudança na movimentação dos dois principais nomes na corrida eleitoral acaba por reorientar também suas estratégias.
(Congresso em Foco)