Ulysses Guimarães, ao mesmo tempo presidente do PMDB, da Câmara dos Deputados e da Assembléia Nacional Constituinte nos idos de 80 do século passado, bebia bem, muito bem.
Assim como Miguel Arraes, Tancredo Neves (menos), Lula e Fernando Henrique Cardoso (discretamente), escreveu ontem, em O Globo, o jornalista Jorge Bastos Moreno. Oportuna matéria.
Mas nela não há registro de que um só desses políticos tenha dirigido após ter bebido além da conta. Ou de que tenha sido detido em alguma blitz. Ou ainda que tenha se recusado a fazer o teste do bafômetro.
Não havia bafômetros na época, embora motoristas embriagados, muitas vezes, fossem parar em delegacias.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi pego por uma blitz no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Dirigia seu Land Rover. Estava acompanhado da namorada.
Aplicaram-lhe duas multas. Uma por dirigir com a carteira de habilitação vencida há um mês.
Outra por dirigir alcoolizado. É o que consta no auto de infração do Detran do Rio.
Não foi a recusa de Aécio em se submeter ao teste do bafômetro que levou a autoridade policial a autuá-lo por dirigir supostamente sob efeito de álcool. A recusa apenas fortaleceu a impressão da autoridade de que estava diante de uma pessoa que havia bebido – e que, no entanto, conduzia um veículo. O que é proibido por lei.
Ninguém é obrigado a produzir provas que o incriminem. Está na lei. Aécio, portanto, não era obrigado a soprar no bafômetro. Mas esse tipo de teste equivale mais ou menos ao exame de DNA para comprovação de paternidade.
Quando alguém se recusa a fazer o exame de DNA é porque receia que o resultado seja positivo.
No passado, aqui e em toda parte, a imprensa fingia desconhecer certos comportamentos censuráveis dos políticos e de poderosos em geral.
Prevalecia o entendimento de que a vida privada de homens públicos somente a eles interessava – a mais ninguém. Ao público deveriam interessar os atos derivados do exercício do poder público.
Assim como Miguel Arraes, Tancredo Neves (menos), Lula e Fernando Henrique Cardoso (discretamente), escreveu ontem, em O Globo, o jornalista Jorge Bastos Moreno. Oportuna matéria.
Mas nela não há registro de que um só desses políticos tenha dirigido após ter bebido além da conta. Ou de que tenha sido detido em alguma blitz. Ou ainda que tenha se recusado a fazer o teste do bafômetro.
Não havia bafômetros na época, embora motoristas embriagados, muitas vezes, fossem parar em delegacias.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi pego por uma blitz no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Dirigia seu Land Rover. Estava acompanhado da namorada.
Aplicaram-lhe duas multas. Uma por dirigir com a carteira de habilitação vencida há um mês.
Outra por dirigir alcoolizado. É o que consta no auto de infração do Detran do Rio.
Não foi a recusa de Aécio em se submeter ao teste do bafômetro que levou a autoridade policial a autuá-lo por dirigir supostamente sob efeito de álcool. A recusa apenas fortaleceu a impressão da autoridade de que estava diante de uma pessoa que havia bebido – e que, no entanto, conduzia um veículo. O que é proibido por lei.
Ninguém é obrigado a produzir provas que o incriminem. Está na lei. Aécio, portanto, não era obrigado a soprar no bafômetro. Mas esse tipo de teste equivale mais ou menos ao exame de DNA para comprovação de paternidade.
Quando alguém se recusa a fazer o exame de DNA é porque receia que o resultado seja positivo.
No passado, aqui e em toda parte, a imprensa fingia desconhecer certos comportamentos censuráveis dos políticos e de poderosos em geral.
Prevalecia o entendimento de que a vida privada de homens públicos somente a eles interessava – a mais ninguém. Ao público deveriam interessar os atos derivados do exercício do poder público.