Nos tempos em que residi em Sobral, muitos casamentos se faziam (e também se desfaziam) em fugas dos casais. Os solteiros fugiam para criar o fato consumado que sarava com o casamento. Os casados fugiam, por distração, por emoção, e às vezes, depois da aventura voltavam ao lar. Outros, não. Houve tempo em que a fuga ocorria para economia do enxoval e da festa do casamento ante a precária situação econômico-financeira dos pais. E como se supunha houvessem fugido para antecipar o sexo, àquele tempo só permitido com o matrimônio, a união se impunha para limpar o nome da moça.
(Coluna do Lustosa da Costa)
(Coluna do Lustosa da Costa)