segunda-feira, 31 de outubro de 2011

"MALDIÇÃO DO COCAR" NÃO PASSA PELA CABEÇA DE NINGUÉM

Há muito mais mistérios entre o céu e a Terra do que supõe nossa vã crendice, diria um político esperto como o “imortal” José Sarney, que jamais colocou o artefato indígena na cabeça temendo má sorte.
Lula nunca acreditou na lenda, tanto que em 1994, candidato à Presidência da República, aceitou o adorno de presente e perdeu para Fernando Henrique Cardoso. Enfim presidente, usou de novo em 2004, e logo em seguida estourou o escândalo dos Correios. Antes dele, o “senhor Diretas” dr. Ulysses também desafiou a chamada “maldição do cocar” e morreu pouco tempo depois num misterioso acidente de helicóptero. Tancredo Neves, candidato a presidente na abertura política, foi outro que ignorou a crendice popular, frustrando com sua morte o sonho de milhões de brasileiros. Até a falecida primeira-dama d. Ruth Cardoso escorregou e quebrou o braço, após colocar um cocar que ganhou de presente. Coincidência ou crendice, o cocar indígena tem uma longa história de “vítimas” na política brasileira. Com a inesperada doença de Lula revelada pelos médicos neste sábado (29), a “maldição” ressurge de novo desafiando Lula e agora também Dilma. Se, como diz outra lenda, Deus é brasileiro, e o velho ditado nacional nos assegura de que “só peru morre de véspera”, acreditar em “maldição do cocar” não passa pela cabeça de ninguém.
(Coluna do Claudio Humberto)