O imbróglio cearense
Em giro nacional pré-campanha ao Planalto em 2014, pegando como gancho o segundo turno das eleições municipais, o governador Eduardo Campos (PSB) não havia confirmado até ontem sua ida a Fortaleza.
Ali, Roberto Cláudio, do PSB, enfrenta o petista Elmano de Freitas numa disputa acirrada, estando o socialista com apenas dois pontos à frente do adversário, segundo pesquisa do Ibope de sexta-feira passada.
Era natural e previsível que o maior líder do PSB estivesse engajado na campanha do aliado cearense, mas o que vazou nos bastidores é que não houve, até o momento, um pedido formal do PSB daquele Estado, via governador Cid Gomes, para Eduardo participar de um ato de campanha nesta reta final.
Se o governador pernambucano ficar ausente do palanque do seu partido em Fortaleza, na prática se confirma, mais uma vez, que as relações de Eduardo com Ciro e Cid Gomes continuam azedadas. Sendo assim, o presidente nacional do PSB pode até se convencer de que uma derrota do PSB ali em nada irá alterar os seus planos na corrida presidencial. O PSB cearense é uma pedra no caminho de um voo nacional de Eduardo.
Os irmãos Ciro e Cid morrem de inveja da projeção que o governador alcançou no País e já sinalizaram, com o apoio à reeleição de Dilma, que não apoiam Eduardo.
