BRA 247 –
Nem a Justiça Eleitoral, instituição em que, segundo as pesquisas,os
brasileiros confiam, escapa dos escândalos de corrupção. Desta vez, na forma de
pagamentos irregulares de horas extras a quase 600 servidores públicos lotados
na instituição. Em razão de gastos nessas rubricas de R$ 9,5 milhões entre os
meses de setembro e novembro do ano passado, foram exonerados de seus cargos o
diretor geral do Tribunal Superior Eleitoral, Alcidez Diniz, e a secretária de
Controle Interno e Auditoria do TSE, Mary Ellen Gleason Gomide Madruga. Diniz
era homem de confiança da ministra Carmem Lúcia, presidente da Corte, e assumiu
o cargo na gestão dela. Apenas Mary Ellen, no mês de novembro, recebeu R$ 26
mil apenas em horas extras. Apenas no mês de novembro, os gastos com horas
adicionais a 567 funcionários do TSE totalizou R$ 3,8 milhões. Somando-se os
meses de setembro e outubro, esses gastos subiram para R$ 9,5 milhões. Com os
ganhos adicionais, muitos servidores receberam nesses meses mais que os
ministros da instituição. A presidente Carmem Lúcia ainda não falou
publicamente sobre as exonerações.