Um dos trechos mais controversos da minirreforma eleitoral
do Senado pode voltar ao texto final analisado pelos deputados nesta
terça-feira (22). Apresentada como uma forma de diminuir os gastos de
campanha, a possibilidade de contratar cabos eleitorais
é vista por parte da Câmara como uma forma indireta de compra de votos.
Mas um grupo de deputados não abre mão da prerrogativa de contratar
pessoal para tentar captar apoio às vésperas das eleições. A expectativa
é que seja encerrada hoje a votação dos destaques ao projeto que muda
parte da atual legislação eleitoral no país.
No projeto original do Senado havia a previsão de limitar a
contratação de cabos eleitorais. Em cidades com até 30 mil eleitores,
cada candidato poderia contratar número equivalente a até 1% do
eleitorado. Ou seja, quem fosse disputar uma vaga na Câmara de
Vereadores teria direito a 300 pessoas para trabalhar na sua campanha.
Nas cidades com mais de 30 mil votantes, pode-se acrescentar uma
contratação para cada grupo de mil.