O convite feito na semana passada pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para que o ex-ministro Ciro Gomes (PROS) integre o grupo que coordenará a campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff tem como principal objetivo servir de contraponto ao governador de Pernambuco e pré-candidato ao Planalto, Eduardo Campos (PSB).
A ideia é que essa função seja desempenhada de duas maneiras.
Internamente, Ciro terá o papel de ajudar a apontar os pontos fracos do candidato, levantados a partir dos dez anos de relação partidária mantida entre 2003 e 2013 n o PSB. Fora do comitê, o ex-ministro será responsável pelas respostas mais fortes contra Campos. Usará, assim, seu conhecido estilo agressivo para defender Dilma. A orientação é que os ataques sejam feitos também à ex-ministra Marina Silva, que deve ser a vice na chapa do PSB.
CIRO QUER DAR O TROCO EM EDUARDO
Interlocutores de Ciro afirmam que neste ano será possível ele
finalmente dar o troco em Campos que, a pedido do então presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, articulou o partido a se posicionar
contrário ao seu interesse em se candidatar a presidente da República em 2010.
Desde então, ao longo do governo Dilma, Ciro e seu irmão, o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), passaram a ser as vozes dissonantes dentro do PSB contrários à candidatura Campos em 2014.
Tanto que a situação ficou insustentável. Em setembro de 2013, o PSB deixou o governo, os irmãos Gomes saíram do partido presidido pelo pernambucano e migraram para o recém-criado PROS - sexta legenda de Ciro na vida pública.(De O Estado de S.Paulo)
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