O enredo desfilado por Rui Falcão no sambódromo do Rio —aquele segundo o qual o PMDB faz careta para o governo porque quer arrancar mais cargos e emenda$—traz na comissão de frente uma personagem invisível: Dilma Rousserff. O mandachuva do PT entoou em voz alta um samba sussurrado pela presidente e auxiliares como o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil).
Ao riscar o fósforo numa hora em que Dilma tentava manusear o balde de água fria, Falcão ganhou um adjetivo rasteiro —“vagabundo”— e reativou as fornalhas de um pedaço do PMDB, o da Câmara, que o Planalto preferia cozinhar em banho-maria. Eduardo Cunha, líder do partido do vice-presidente Michel Temer, convocou para a próxima terça-feira (11) uma reunião de sua bancada. Se a plateia tiver sorte, o caldo ferve. Se tiver muita sorte, o caldo entorna.