A presidente Dilma Rousseff chamou os representantes das entidades que congregam os municípios para uma reunião ainda hoje em Brasília. Sinal de que algum alento virá. Não está descartado sequer um percentual a mais dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Nem que seja parcelado. Estão todos esperançosos. Afinal, se ela chamou a turma para Brasília, não será para dizer um “não” bem sonoro na cara de ninguém. Bastaria ficar quieta, como fez na Marcha dos Prefeitos.
Em tempo: a ponte com os municípios foi feita depois que os senadores do PMDB, na reunião com Lula, reclamaram que as administrações municipais estão quebradas e precisam de ajuda federal. Dilma poderá dizer aos prefeitos que não foi à marcha porque ainda não tinha clareza das contas, e que feitos os cálculos pode dar algum alento com mais segurança. De quebra, pretende ainda amortecer o efeito dos discursos de Aécio Neves e Eduardo Campos na marcha, ambos aplaudidíssimos pelos quase 4 mil prefeitos que estiveram em Brasília há duas semanas.(De Denise Rothenburg - Correio Braziliense)