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Além de escolher o novo
presidente da República, brasileiros foram às urnas hoje (28) em treze estados
e no Distrito Federal para escolher o novo governador.
Em São Paulo,
maior colégio eleitoral do país, João Doria (PSDB) foi eleito com 51,75% dos
votos contra 48,25% de Marcio França (PSB). Já no menor colégio eleitoral,
Roraima, Antonio Denarium (PSL), que nunca ocupou um cargo público, venceu a
disputa com 53,36%, contra 46,64% de José de Anchieta (PSDB).
No Distrito
Federal, o advogado Ibaneis Rocha (MDB) ganhou com ampla maioria
(69,79%) do atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que disputava reeleição
e ficou com 30,21%. Novidade na política brasiliense, Ibaneis começou a corrida
eleitoral com apenas dois pontos percentuais nas pesquisas. O advogado é
fundador de um dos maiores escritórios de advocacia da capital e prometeu,
durante a campanha, construir moradias populares e escolas.
No segundo maior colégio, o empresário Romeu Zema (Novo) foi
eleito governador de Minas Gerais,
com 71,81% dos votos contra 28,19% de Antonio Anastasia (PSDB), que volta ao
Senado por estar no meio do mandato. Como no DF, Zema começou a corrida
eleitoral com pouca intenção de votos segundo as pesquisas, atrás de Anastasia
e do atual governador do estado, Fernando Pimentel (PT). Zema será o primeiro
governador do parido Novo, fundado em 2015 e que lançou a sua primeira
candidatura à presidência esse ano, com João Amoêdo.
No Rio de Janeiro,
Wilson Witzel (PSC) também teve uma ascensão no final do primeiro turno e foi
eleito com 59,87% dos votos, derrotando o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes
(DEM), que obteve 40,13% do total. Witzel é juiz e deixou a profissão para
entra na política. Ele recebeu apoio da família de Jair Bolsonaro (PSL),
principalmente de seu filho Flavio - eleito para o Senado - o que o ajudou a
conquistar a eleição no estado.
A senadora Fátima Bezerra (PT), que deixa o Senado para assumir
o estado do Rio Grande do
Norte a partir de 1º de janeiro, será a única governadora
mulher no próximo quadriênio. Ela foi eleita com 57,6% dos votos, derrotando
Carlos Eduardo (PDT), que ficou com 42,40% do total.
Decisão no primeiro
turno
Em 12 estados, a eleição
para o governo dos estados foi decidida no primeiro turno. No Nordeste, três
governadores ganharam com uma grande vantagem. Foi o caso de Camilo (PT) no
Ceará que obteve 79,96% dos votos. Em Alagoas, Renan Filho (MDB) foi reeleito
com 77,3% dos votos e na Bahia, Rui Costa (PT) foi para o segundo mandato com
75,5%. No Paraná, o filho do apresentador Ratinho, Ratinho Junior (PSD) foi
eleito com 59,99% dos votos.
Composição dos estados
por partidos
Apesar de ter sido
derrotado na corrida presidencial, o PT é o partido com maior número de
governadores. Neste ano, a legenda conseguiu ganhar em quatro estados, todos no
Nordeste: Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. O partido, porém, perdeu o
governo de Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, que era comandado
por Fernando Pimentel, que a partir de janeiro passará a ser governado por
Zema, do partido Novo.
O MDB foi a legenda que
mais perdeu governos regionais: passou de sete em 2014 para três nestas
eleições. O partido perdeu o Rio de Janeiro, que era governado por Luiz Pezão,
Sergipe, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, manteve
Alagoas e conseguiu eleger nomes no Distrito Federal e Pará.
Já o PSL, partido do
presidente eleito Jair Bolsonaro, que não possuía nenhum governo estadual,
conseguiu eleger três governadores: Coronel Marcos Rocha, em Rondônia, Antonio
Denarium, em Roraima e Comandante Moisés, em Santa Catarina.
O PSDB, por sua vez,
passou de cinco estados para três, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso
do Sul. A legenda conseguiu manter o comando de São Paulo, maior colégio
eleitoral do Brasil e há quase 30 anos governada pelos tucanos.
O MDB e o PSB têm três estados cada e o PSD e PSC, dois. Já o
PP, PHS, PDT, PCdoB e Novo conseguiram eleger um governador cada.
(Congresso em Foco)