O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (17), que nas eleições de 2022 estão em jogo não apenas a escolha de parlamentares e governadores, mas também dos novos Supremo Tribunal Federal (STF), órgão cuja composição é de influência direta da Presidência da República. Ele fez as contas e disse, que, uma vez reeleito, poderá indicar até quatro membros para o mais alto cargo do judiciário brasileiro.
"Quem ganhar em 2022, no primeiro semestre de 2023 indica dois nomes ao Supremo Tribunal Federal", disse. E então, passou a fazer contas: "Vamos supor que eu dispute as eleições, não me decidi ainda: se eu me eleja, terei indicado quatro para o Supremo Tribunal Federal. Não é maioria? Não é, mas decide muito."
Bolsonaro indicou que não iria fazer críticas diretas à corte, mas reconheceu que o objetivo é rever o perfil da corte. O presidente já indicou Nunes Marques para a vaga de Celso de Mello em 2020. Hoje, está na iminência de indicar o sucessor de Marco Aurélio Mello, decano da corte que se aposenta em julho após 31 anos de serviços prestados.