O
presidente Jair Bolsonaro visitou o município de Quixadá, onde participou da
cerimônia de lançamento do programa "Força Tarefa das Águas". Esta é
a sexta visita do chefe do Executivo ao Ceará. O prefeito de Quixadá, Ricardo
Silveira, montou uma tenda de vibrantes bolsonaristas.
A
visita do presidente à Quixadá foi planejada. O município é reduto do PT, que
governou a cidade por 16 anos. Bolsonaro foi lá para atacar Camilo Santana e
Lula. “Fora Camilo” e “Lula ladrão”, gritava o público.
Na
caçamba do carro que transportava Bolsonaro, estava o deputado Capitão Wagner e
outros aliados. Bolsonaro, antes, havia usado uma motocicleta para levá-lo até
o local do evento. No seu discurso, não citou candidatos, evitou problemas com
a sua base. O PL não apoia Wagner, pretende lançar candidatura própria, mas o
Capitão insiste na aliança. O partido pretende lançar o ex-deputado Raimundo
Matos ao Governo do Ceará. O Podemos apoia Sérgio Moro. E pretende lançar
candidato no Ceará, não tem nomes.
O
discurso de Bolsonaro foi de candidato à reeleição. Falou mal de adversários,
disse que está pagando o Auxílio Brasil, em torno de R$ 400, e que trouxe água
através da transposição do São Francisco. “Três anos sem roubo no governo, essa
meta é minha”, disparou o presidente, acusando Lula, Dilma e Temer de
conivência com outros países para emprestar bilhões.
O
prefeito de Quixadá, Ricardo Silveira (PSD) é bolsonarista, muito mais por
questão política do que mesmo por opção pessoal. Seu adversário é o petista
Ilário Marques, um petista que pertence a corrente de Lula dentro do partido.
Bolsonaro faz esforço para criar espaço eleitoral no Nordeste, uma região que
pode decretar sua derrota para Lula, que tem 80% dos votos dos
nordestinos.
(Roberto Moreira)