Relator
do novo código eleitoral no Senado, Alexandre Silveira (PSD-MG) estuda rejeitar
proposta aprovada na Câmara que estabelece censura à publicação de pesquisas
eleitorais, além da exigência de uma taxa de acerto para os institutos.
O
senador também avalia mudanças nos dispositivos que restringem a autonomia do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
As
discussões em torno do projeto do novo código eleitoral, que incluem as
alterações nas pesquisas, voltaram a ganhar fôlego no final do mês passado.
Líderes
no Senado sinalizam que o texto pode ser votado antes do recesso, que começa em
18 de julho, logo após a aprovação de propostas que buscam baixar o preço dos
combustíveis.
Silveira
manifestou a pessoas próximas a intenção de amenizar, em seu parecer,
dispositivos criticados por especialistas.
O
principal alvo é o artigo que determina que pesquisas eleitorais só poderão ser
divulgadas até a antevéspera (sexta-feira) da eleição.
Hoje,
os institutos podem publicar pesquisas de intenção de voto até no dia do
pleito. Em geral, os principais costumam realizar pesquisas no sábado para ter
um termômetro melhor sobre a intenção de voto no domingo da eleição.
Além
da censura, o projeto de lei aprovado pelos deputados determina que os
institutos divulguem uma "taxa de acerto", em uma confusão entre
pesquisas de intenção de voto que, como o nome diz, mede a intenção declarada,
e não o voto efetivamente dado e as chamadas bocas de urna, em que são
entrevistados os eleitores que já votaram.