A importância da participação da população no Censo e as dificuldades enfrentadas em algumas áreas, como a Região Metropolitana de Fortaleza, foram pautas abordadas em visita do presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo à sede da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) nesta terça-feira (28/03).
A comitiva do IBGE visitou o Comitê de Estudos de Limites e Divisas Territoriais do Ceará (Celditec) da Alece e foi recebida pelo presidente da Alece, Evandro Leitão (PDT) e os deputados Queiroz Filho (PDT) e Marcos Sobreira (PDT).
O deputado Evandro Leitão destacou a visita para mobilizar esforços na questão do Censo e debater antigos conflitos territoriais existentes no Ceará, como o processo de litígio envolvendo o estado do Piauí.
“Nós, enquanto Assembleia Legislativa, ficamos surpresos com os números do nosso estado, sobretudo da Capital, de pessoas que não aceitam por algum motivo a visita do IBGE. Assumimos o compromisso de fazer peças de divulgação nos nossos meios de comunicação para que possamos fazer um trabalho de sensibilização com a população”, comentou o presidente da Alece.
Participação no censo
O presidente do IBGE, Cimar Azevedo, comentou que foram detectados problemas sérios na fase de apuração do Censo: municípios com altos índices de recusa e de moradores ausentes.
“É muito importante que a gente consiga resolver essa situação e aumentar a resposta do Censo”, destacou. A população das comunidades e favelas e a faixa dos 10% mais ricos são os grupos que apresentam maior dificuldade para o processo de recenseamento, informou o presidente do IBGE – seja por não estarem em casa para receber ou por recusa.
O IBGE já visitou todas as regiões e mais de 90 milhões de domicílios, informa, deixando recados quando não encontra os moradores. Também foi criado o Disque Censo, disponível no número 137, para que a população solicite a visita. A partir do momento que a pessoa recebe o recenseador também é possível pedir instruções para responder pela internet ou por telefone.
Lembrando que a maioria da população não leva mais do que cinco minutos para responder ao questionário, o presidente do IBGE afirma que “não tem motivo para não termos um retrato nítido de Fortaleza, do Ceará”.
Campanhas estão sendo feitas para a sensibilização da população e, por isso, a mobilização dos gestores públicos, de parlamentares e da Alece é importante nessa fase, reitera.