De acordo com Lucas Benevides, psiquiatra e professor do curso de medicina do Ceub, muitos fatores contribuem para o aumento. “A crescente participação das mulheres no mercado de trabalho e as pressões associadas a essa mudança têm desempenhado um papel significativo. Além disso, mudanças culturais que normalizam o consumo de álcool entre as mulheres e o marketing direcionado também são influências importantes. Questões como depressão, ansiedade e experiências traumáticas, que podem ser mais prevalentes ou manifestadas de maneira diferente em mulheres”, explica.
Entre os homens, percentual teve variação pequena na séria histórica
Na mesma edição, o Vigitel mostrou que não foi identificada variação significativa no abuso de álcool entre os homens. O índice saiu de 25% no início da série histórica para 27,3% no ano passado. A elevação no consumo excessivo das mulheres ajudou a aumentar a média geral de abuso entre os brasileiros. No final de 17 anos, 20,8% das pessoas ouvidas declaram abusar das bebidas do tipo.