terça-feira, 3 de novembro de 2009

O EFEITO DEVASTADOR DO CRACK ESTÁ ACABANDO COM AS FAMÍLIAS

Micropontos e balinhas. Palavras aparentemente inofensivas que entraram para o cotidiano dos jovens da classe média, mas com um poder avassalador quando ligadas a nomes como LSD e ecstasy, da família das drogas sintéticas.
O delegado Enrico Zambrotti Pinto, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal, no Rio, vai além e afirma: há policiais que desconhecem o que é um microponto de LSD. Imagine os pais!
As pedras de crack, lixo da cocaína, antes fumadas em cachimbos improvisados por moradores de rua, hoje engrossam essa lista.
Levantamento inédito feito pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, revela que, em 2005, dos 200 dependentes de cocaína e crack que procuraram atendimento na instituição, apenas um era viciado na última droga.
Em 2008, o número de usuários de crack chegou a 57,3% dos mesmos 200 atendimentos, superando a quantidade de usuários em cocaína em tratamento.
Segundo o psicólogo Bernardo da Gama Cruz, um dos coordenadores da pesquisa, o crack é hoje a droga mais usada pelos jovens de até 21 anos em tratamento na instituição.