Poderia começar este texto de várias maneiras, mas começo assim: Paulo Pereira da Silva, o deputado Paulinho da Força (PDT), que se diz trabalhador, sobe no palanque na Força Sindical, organizado com patrocínio das estatais, e puxa o coro:“Olê, olê, olê, olá, Dil-má, Dil-má… Cantou sozinho. Os presentes não o acompanham. Já havia tentando antes um “Lu-lá/ Lu-lá”, e já tinha dado xabu. Aconteceu na festa do 1º de Maio da Força Sindical, uma das três a que o presidente e sua “criatura eleitoral” compareceram ontem. Esperava-se a presença de mais de um milhão de pessoas. Apareceu menos da metade: 450 mil foram assistir ao show do KLB e participar do sorteio de carros e apartamentos. Os outros 550 mil acharam que tinha coisa melhor para fazer.
Na sua vez de discursar, Lula, muito respeitador da lei (!!!), recorreu à sutileza habitual. Referindo-se às eleições, afirmou: “Vocês sabem quem eu quero”. Já o ministro Carlos Lupi (Trabalho) e Antonio Neto, presidente da CGBT, fizeram como Paulinho: campanha eleitoral escancarada.
Prosseguindo na sua orgia de ilegalidades, Lula afirmou, no comício da CUT, esperar que o convidem para 1º de Maio de 2011: “Se for alguém ruim (na Presidência), a gente vem aqui meter o pau. Se for alguém bom, a gente vem aqui ajudar e acompanhar” E os cutistas gritaram “Dil-má/Dil-má”.
Ora, “alguém ruim”, é evidente, seria Serra (afinal, como ele próprio disse, todo mundo sabe o que ele quer). Eis aí revelado, em frase tão curta, o que há de intolerável nessa gente. Lula está anunciando que, caso Dilma perca a eleição, o caminho do partido já está traçado: tentar sabotar o governo de maneira metódica, sistemática, cotidiana. E o PT fez ou faz outra coisa quando na oposição?
Ora, “alguém ruim”, é evidente, seria Serra (afinal, como ele próprio disse, todo mundo sabe o que ele quer). Eis aí revelado, em frase tão curta, o que há de intolerável nessa gente. Lula está anunciando que, caso Dilma perca a eleição, o caminho do partido já está traçado: tentar sabotar o governo de maneira metódica, sistemática, cotidiana. E o PT fez ou faz outra coisa quando na oposição?