domingo, 13 de fevereiro de 2011

MÍNIMO VIRA TESTE POLÍTICO

O governo considera a votação do salário mínimo o primeiro e decisivo teste da presidente Dilma Rousseff na administração da complexa aliança política que lhe dá sustentação. Vai daí que a questão do valor - se R$ 545 ou R$ 560 - é secundária: o que importa é que a Câmara aprove o que vier a ser o limite estabelecido pelo Planalto até o dia da votação.
No raciocínio do ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, a quem Dilma terceirizou a condução política de seu governo, é hora de jogar duro para mostrar força, sob pena de perder o controle político de uma base voraz e em permanente disputa por espaços na estrutura estatal.
Para se impor o governo fez dois movimentos historicamente eficazes em início de mandato: adiou as nomeações do segundo escalão para após a votação e avisou que o voto contra será considerado dissidente. É muito provável que funcione agora enquanto a moeda de troca é forte.