As primeiras declarações dos
petistas de proa, na tarde/noite de ontem, logo após a confirmação de Elmano de
Freitas como opção à sucessão de Luizianne Lins, ainda eram na linha da
manutenção da aliança com o PSB de Cid Gomes e o PMDB de Eunício Oliveira.
Principal peça no jogo que está sendo jogado, a prefeita disse que, “até
agora”, vinha sinalizando isso. Ao mesmo tempo, bateu o pé e fez de um grande
desconhecido seu herdeiro político direto. Na outra ponta, o grupo liderado por
Cid também vinha afirmando que queria manter o acordo político com o PT. Mas
deixava claro que não engoliria Elmano na cabeça de chapa. Já Eunício, nos
últimos dias, fez fortes ressalvas ao modelo administrativo do PT na Capital e
defendeu uma reavaliação do mesmo. Agora, não tem mais jeito. Elmano é o nome
na sucessão pelo PT. O resultado do Encontro Municipal, desse ponto de vista é,
portanto, fruto da intransigência dos aliados. O “até agora” de Luizianne pode
ser visto como um último esforço do PT em manter Cid e Eunício no palanque do
partido. Ou um “chega” aos dois. Uma porta de saída que o governador e senador
estavam esperando. Não é mesmo, Inácio Arruda? (Na Coluna Política – Opovo)