O Palácio do Planalto vai se transformar hoje, durante a sanção do programa Mais Médicos, em um grande palanque para destacar a principal bandeira eleitoral da presidente Dilma Rousseff e do pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, o ministro Alexandre Padilha. O cerimonial do Executivo federal convidou prefeitos de pequenos municípios e, até o início da noite de ontem, escolhia um deles para dizer como o Mais Médicos mudou a realidade de sua cidade. A solenidade servirá também para esconder as dificuldades da União em investir na melhoria da infraestrutura na área de saúde.
Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que, nos últimos 12 anos, o governo federal pecou no investimento direto em infraestrutura, como a construção, a ampliação e as reformas de unidades de saúde, e também falhou na compra de equipamentos, como ambulâncias.
Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que, nos últimos 12 anos, o governo federal pecou no investimento direto em infraestrutura, como a construção, a ampliação e as reformas de unidades de saúde, e também falhou na compra de equipamentos, como ambulâncias.
Dos R$ 62 bilhões autorizados no período para essa finalidade, apenas R$ 27,5 (41%) foram efetivamente gastos. O valor não aplicado em infraestrutura — R$ 39,5 bilhões — representa pouco menos da metade de todos os recursos que o ministério deixou de gastar em pouco mais de uma década (R$ 94 bilhões de R$ 852,7 bilhões autorizados). (Do Correio Braziliense)