Para dar início ao estudo, o Butantan ainda deve apresentar informações complementares que, segundo a agência, não foram "integralmente disponibilizadas" até o momento. Para isso, a Anvisa deve enviar um novo ofício apontando quais são as pendências.
O instituto tem 3 mil frascos prontos para iniciar os testes. A autorização permitirá que o soro seja aplicado em pessoas contaminadas pela doença e, depois, que se descubra qual a dose necessária para obter os efeitos desejados. Em nota, o instituto disse que recebeu nesta quarta a autorização da Anvisa e que "os testes deverão ser iniciados nos próximos dias".
O objetivo do soro é amenizar os sintomas da doença nas pessoas já infectadas. Ele não é capaz de curar nem de prevenir a doença. O estudo é coordenado pelos médicos Esper Kallás e José Medina, da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, uma vez autorizados, os testes serão feitos inicialmente no Hospital do Rim e no Hospital das Clínicas. O objetivo é focar em pacientes com "infecção recente e alto ou altíssimo risco de doença grave", disse o Butantan em nota oficial.