O uso de lenha como fonte de energia já ocupa o 2º lugar entre as principais fontes de energia nas casas dos brasileiros, com 26,1% de participação –atrás apenas da energia elétrica. O GLP (gás liquefeito de petróleo) aparece em seguida, com 24,4%.
Em 2020, o consumo de restos de madeira em residências aumentou 1,8% na comparação com 2019, segundo a Epe (Empresa de Pesquisa Energética).
A lenha ultrapassou o GLP nas cozinhas brasileiras a partir de 2017, quando começou a disparada do preço do gás, depois que a Petrobras mudou a política de preços e passou a reajustar o GLP toda vez que a cotação do petróleo e o câmbio subiam.
A Petrobras já reajustou o preço do GLP em 47,53% somente em 2021. Desde o começo de 2020, a alta acumulada é de 81,5%. O último reajuste, de 7,2%, foi anunciado na última 6ª feira (8.out.2021).
Com o aumento crescente do valor do gás de cozinha – que tem o preço médio de R$ 97,73 reais e já chega a R$ 135 em alguns lugares – e com a crise econômica, várias famílias passaram a recorrer à lenha.
Devido à disparada de preços, a Petrobras vai destinar R$ 300 milhões para um programa social de subsídio que ajudará famílias de baixa renda a comprar o gás de cozinha.