Vladimir Putin, presidente da Rússia, que sucedeu a Donald
Trump como amigo e espelho de Bolsonaro,
por enquanto hesita em fazer a guerra como está nos manuais e como qualquer
exército moderno do mundo saberia fazer, principalmente o seu.
Achou, a princípio, que
seria fácil derrotar a Ucrânia com uma simples parada militar e a exibição de
tropas e armamentos pesados. Deu-se conta de que para alcançar seu objetivo
terá de pagar o preço incalculável de fazer as armas falarem alto.
Significa:
bombardear cidades por terra, mar e ar; matar milhares de civis e perder
milhares de soldados. Foi possível na Chechênia, Afeganistão e Síria; o mundo
não ligou. Mas na Europa, terra de homens brancos com olhos azuis, não será tão
simples.
Em apenas cinco dias, a
guerra na Ucrânia deixou de ser militar. Virou uma guerra econômica da maior
parte do mundo contra Putin e a Rússia. Essa guerra, ele não tem como ganhar.
(Ricardo Noblat)