quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

CNBB ABRE A CF 2023 COM APELO DE COMUNHÃO E SOLIDARIEDADE NO ENFRENTAMENTO À FOME NO BRASIL

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu oficialmente, na manhã desta quarta-feira de Cinzas, (22), a Campanha da Fraternidade 2023 sobre a Fome no Brasil. A missa, realizada na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da entidade, foi dedicada à vivência de uma “abençoada Quaresma e uma santa Campanha da Fraternidade”. O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, também dedicou a celebração às pessoas que experimentam a realidade da fome, aos atingidos e vítimas das chuvas no litoral Norte de São Paulo, guerras, catástrofes e situações de violência.


Em sua homilia, dom Joel ressaltou que só o ser humano ganhou do Criador a liberdade e a direção da conversão, a ser vivida de modo mais intenso no período da Quaresma, é dada pelo mandamento do amor deixado por Jesus Cristo. “O amor a Deus nos conduz ao amor ao próximo e a nós mesmos”, disse. A quaresma, segundo o secretário-geral da CNBB, é um tempo litúrgico pedagógico de 40 dias para que os cristãos e católicos sejam pessoas de conversão. “O mundo todo precisa passar por um tempo de Quaresma e conversão”, exortou.

Dom Joel destacou ainda que há seis décadas a Igreja no Brasil vive, no tempo Quaresmal, a Campanha da Fraternidade. O prelado  reforçou também que a CF não substitui a Quaresma. “A Campanha se junta a tudo o mais que é feito neste tempo litúrgico para que numa perspectiva de comunhão a Igreja no Brasil possa viver a conversão”, disse.

Neste ano, dom Joel pontuou que a Igreja vai aprofundar o tema da fome. “O Brasil enfrenta o flagelo social e humanitário da fome, fenômeno que demonstra a incapacidade de um país em oferecer para seus filhos e filhas as condições necessárias para satisfazer o seu instinto de sobrevivência e desenvolvimento como pessoa. “Quando a sobrevivência não é atendida é a morte que acontece. Assistimos recentemente o que está acontecendo com os Yanomami”, exemplificou.