O mundo político não é feito apenas de discursos, existem bastidores, diálogos entre líderes e buscas de saídas para acomodar diferentes correntes de pensamentos. Muitas vezes, o que se pensa e deseja individualmente, na política, não é executável. É preciso abrir mão para atender ao interesse coletivo.
Na votação dos projetos a darem forma ao governo Elmano de Freitas, que tem apenas 45 dias, deputados da base aliada, independentes e de oposição buscaram o bom senso, deixando as batalhas políticas longe do plenário. Vitória do presidente da Assembleia, Evandro Leitão, e do líder do governo, Romeu Aldigueri, aliás, uma revelação como articulador político, segundo colegas do parlamento.
Não é fácil para um Estado pobre como o Ceará perder cerca de R$ 3 bilhões somente com queda de receita dos combustíveis. O montante representa duas folhas de pagamento de todo o conjunto dos servidores públicos. Também, não é razoável perder recursos para empresas que geram muito lucro. O aumento do ICMS se justifica porque o Estado está passando a cobrar de quem não recolhe o imposto.
Vale destacar a aprovação do Programa Ceará sem Fome, que prevê, além dos recursos superiores a R$ 236 milhões, os produtos da cesta básica e de higiene pessoal sem acréscimo de ICMS. Medidas que demonstram alinhamento entre os deputados no combate à fome.
A sociedade cearense aguarda, a partir de agora, ações imediatas que gerem emprego, renda, combata à fome e crie um ambiente de esperança e de soluções para os problemas que preocupam as famílias.
(Blog Roberto Moreira)
