Uma das pautas do motim dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados une esse grupo a deputados de centro e esquerda. As informações são do blog do Valdo Cruz.
A proposta do fim do foro privilegiado busca não só beneficiar Bolsonaro, mas também – e talvez principalmente – deputados que estão sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de desvio de emendas parlamentares.
Logo após o fim da ocupação da mesa da Câmara dos Deputados, os líderes dos amotinados disseram que foi feito um acordo para colocar em votação projetos sobre:
• anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023;
• fim do foro privilegiado para deputados e senadores.
Segundo parlamentares que participaram das negociações, a anistia dificilmente será votada, mas o fim do foro especial no STF tem grandes chances de prosperar.
Aprovado o fim do foro privilegiado, os processos contra parlamentares passariam a tramitar inicialmente na Justiça de Primeira Instância.
Ou seja, os casos de investigações em curso no Supremo Tribunal Federal, que tem vários ministros como relatores, desceriam para a Justiça de Primeira Instância, demorando tempo suficiente para que não sejam julgados totalmente ainda no mandato atual dos parlamentares.
“O fim do foro une quase todo mundo neste momento. A anistia, não. Na semana que vem poderemos observar a evolução do fim do foro e não da anistia”, confidenciou um líder que participou das negociações, destacando que deputados estão incomodados e amedrontados com as investigações da Polícia Federal sobre o desvio de verbas de emendas parlamentares