O Diário Oficial da União publicou ontem (02) a mensagem de indicação da presidente Dilma Rousseff que mantém o glorioso Romero Jucá (PMDB-RR) no cargo de líder do governo no Senado. O honorável senador assumiu essa função em junho de 2006 e se mantém incólume desde então. É mais uma comprovação de que a nossa política anda em círculos. Sai de um lugar para chegar ao mesmo ponto.
Durante a década de 80, o senador foi homem de confiança do então presidente José Sarney. Na década de 90, foi líder de Fernando Henrique Cardoso no Senado. No novo século, Luis Inácio Lula da Silva o brindou com a mesma liderança. E agora se mantém na função com Dilma Rousseff (PT).
Dilma foi militante de esquerda que se organizava na luta clandestina dos anos 70. Virou presidente da República. Nem em seus piores pesadelos imaginou um dia que seria “companheira de luta” do grande Jucá, um político que poderíamos caracterizar como, digamos, força do atraso. O atraso persiste. Jucá é pernambucano. Roraima entrou em sua vida em 1988, após ser nomeado por José Sarney para governar o então território. De lá para cá sobreviveu a todos os governos exercendo a doce função de “governista”. De fato, Jucá não tem culpa se os governantes mudam.
Por Fábio Campos
Por Fábio Campos