quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

MENSALÃO NA FESTA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES

Em seu aniversário de 31 anos, o PT se prepara para tentar resgatar os deputados que terminaram sugados pelo escândalo do mensalão. O primeiro movimento nesse sentido será a indicação do ex-presidente da Câmara e deputado João Paulo Cunha (PT-SP) para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Internamente, o gesto vem sendo colocado como a “redenção” do parlamentar, que, em 2005, foi acusado de receber R$ 50 mil da agência SMPB, do empresário Marcos Valério. O retorno de João Paulo Cunha à ribalta é considerado crucial para os projetos do PT de, aos poucos, conseguir reduzir essa mancha na sua história.
O objetivo do partido é, aos poucos, tentar mudar a imagem no que se refere ao mensalão. Em uma de suas últimas entrevistas, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o PT deveria enfrentar esse tema e mostrar que não houve o pagamento de mesada ou de vantagens para que seus deputados votassem a favor do governo. Para alguns petistas, Lula, com aquele gesto, estimulou seus correligionários a trabalhar no sentido de convencer o eleitorado de que não houve o mensalão.