Parece distante o 7 de outubro. No calendário
gregoriano, sim; na agenda política, está logo ali. Quatro meses e dias
representam quase nada para quem busca o voto popular. Até a data do veredito
das urnas, o candidato tem muito a fazer. Dos programas de rádio e tevê,
palestras em entidades, visitas, apertos de mão e beijinhos em crianças, a
pauta de trabalho reúne em proporções iguais angústia e esperança. Não é missão
para uma pessoa comum. Três tipos de humanos dispõem-se a cumpri-la:
vocacionado, ambicioso ou mal-intencionado. Às vezes, o postulante reúne duas
ou mesmo as três situações. Portanto, vê-se gente de toda espécie na maratona
do voto.
Já se tem o esboço do desenho a respeito do que
possa ocorrer no primeiro turno da eleição municipal. Prevê-se pouca semelhança
com o registro dos que estão no poder até a posse dos sucessores. A expectativa
é de mudança acima da média do histórico tido como natural, sobretudo no
Norte-Nordeste. O retrato de hoje mostra a elástica diversificação
partidária entre os governantes de 26 capitais (*). Seis são administradas pelo
PT. O PSB comanda quatro, mesmo número do PTB. O PMDB lidera três e o PP, duas.
Uma para cada sigla das que seguem: DEM, PCdoB, PDT, PSD, PSDB e PV. O prefeito
de Palmas, Raul Filho, no segundo mandato, está sem filiação partidária. Ele
foi filiado a algumas agremiações, entre as quais o Partido dos Trabalhadores.
Onde as legendas detêm o governo:
PT: Fortaleza, Goiânia, Porto Velho, Recife, Rio
Branco e Vitória.
PSB: Belo Horizonte, Boa Vista, Curitiba e João
Pessoa.
PTB: Belém, Cuiabá, Manaus e Teresina.
PMDB: Campo Grande, Florianópolis e Rio de Janeiro.
PP: Maceió e Salvador.
Os partidos de chefes do Executivo das seis outras
capitais: DEM (Macapá), PCdoB (Aracaju), PDT (Porto Alegre), PSD (São Paulo),
PSDB (São Luís) e PV (Natal).
Em Brasília, não há eleição para prefeito. Nem para
vereador. (Opovo – Por Walter Gomes)