domingo, 20 de maio de 2012

ELEIÇÃO REDESENHA O CENÁRIO

Parece distante o 7 de outubro. No calendário gregoriano, sim; na agenda política, está logo ali. Quatro meses e dias representam quase nada para quem busca o voto popular. Até a data do veredito das urnas, o candidato tem muito a fazer. Dos programas de rádio e tevê, palestras em entidades, visitas, apertos de mão e beijinhos em crianças, a pauta de trabalho reúne em proporções iguais angústia e esperança. Não é missão para uma pessoa comum. Três tipos de humanos dispõem-se a cumpri-la: vocacionado, ambicioso ou mal-intencionado. Às vezes, o postulante reúne duas ou mesmo as três situações. Portanto, vê-se gente de toda espécie na maratona do voto.
Já se tem o esboço do desenho a respeito do que possa ocorrer no primeiro turno da eleição municipal. Prevê-se pouca semelhança com o registro dos que estão no poder até a posse dos sucessores. A expectativa é de mudança acima da média do histórico tido como natural, sobretudo no Norte-Nordeste. O retrato de hoje mostra a elástica diversificação partidária entre os governantes de 26 capitais (*). Seis são administradas pelo PT. O PSB comanda quatro, mesmo número do PTB. O PMDB lidera três e o PP, duas. Uma para cada sigla das que seguem: DEM, PCdoB, PDT, PSD, PSDB e PV. O prefeito de Palmas, Raul Filho, no segundo mandato, está sem filiação partidária. Ele foi filiado a algumas agremiações, entre as quais o Partido dos Trabalhadores.
Onde as legendas detêm o governo:
PT: Fortaleza, Goiânia, Porto Velho, Recife, Rio Branco e Vitória.
PSB: Belo Horizonte, Boa Vista, Curitiba e João Pessoa.
PTB: Belém, Cuiabá, Manaus e Teresina.
PMDB: Campo Grande, Florianópolis e Rio de Janeiro.
PP: Maceió e Salvador.
Os partidos de chefes do Executivo das seis outras capitais: DEM (Macapá), PCdoB (Aracaju), PDT (Porto Alegre), PSD (São Paulo), PSDB (São Luís) e PV (Natal).
Em Brasília, não há eleição para prefeito. Nem para vereador. (Opovo – Por Walter Gomes)