A Igreja quer aproveitar as eleições municipais desse ano para
eliminar do pleito “os candidatos cujas vidas pregressas de acordo com a lei
(da Ficha Limpa) contaminam o cenário político e ameaçam a democracia”. Para
tanto propõe ao seu rebanho e aos eleitores em geral que não venda seu voto e
nem o anule, pois quem anula o voto “omite-se e renuncia à possibilidade de
participar do processo político”. Os conceitos estão no documento “Orientação
sobre a participação dos católicos nas eleições” distribuído nessa
quarta-feira, pela Arquidiocese através do arcebispo-primaz do Brasil e de
Salvador, dom Murilo Krieger.
Um dos principais alertas da Igreja é para que o eleitor “avalie, com
cuidado, as campanhas dos candidatos, a quantidade de dinheiro gasto e as promessas
feitas. Verifique se eles terão condições de cumprir o que estiverem
prometendo”. Pede uma “atenção especial” à “propaganda enganosa, à oferta de
dinheiro ou favores que visem enganar o eleitor”.
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