A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de marcar o início do
julgamento do Mensalão para 1.º de agosto não surpreendeu os defensores dos
acusados, mas alguns demonstraram preocupação. “O ex-ministro José Dirceu (Casa
Civil) sempre pediu para ser julgado, jamais tomou qualquer atitude para
protelar (o julgamento)”, declarou o criminalista José Luís Oliveira Lima. “Ele
(Dirceu) confia na Justiça e aguarda o julgamento com serenidade, com a
garantia da ampla defesa e o respeito ao devido processo legal.”
Márcio Thomaz Bastos, que
defende José Roberto Salgado, ex-vice presidente do Banco Rural, declarou que
espera que o tem esperança que se “faça Justiça” no julgamento. Já o
criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Ayana Tenório, ex-vice
presidente do Rural, afirmou considerar importante o fato de o julgamento não
ter sido marcado de forma abrupta. “Temos prazo de dois meses para nos
preparamos e isso atende a uma reivindicação dos advogados.”