O Exército, a Marinha e a Aeronáutica foram à principal avenida de Brasília para mostrar seu estado de penúria, nesta terça-feira (10/8). Com veículos blindados, alguns deles usados nas guerras do Vietnã e do Iraque, sem capacidade ofensiva, os comandantes militares mostraram o desaparelhamento do que um dia foram as forças armadas brasileiras.
Os véiculos estão imobilizados há anos, por falta de combustível e munição — o que impede treinamentos até mesmo para tiro ao alvo. A precariedade é generalizada: falta pessoal, equipamento e treinamento. O Exército, por exemplo: embora informe um contingente efetivo de 102 mil pessoas, o número não corresponde à realidade há muito tempo — mas certamente é bem inferior ao efetivo das guardas civis metropolitanas.
O principal erro estratégico da exibição do museu da guerra foi anular o poder de dissuasão com que todo país opera para desencorajar eventual agressão militar externa. Em outras situações, o equívoco poderia ser enquadrado como atentado à segurança nacional.