À medida que avançam os dias na indefinição no grupo governista, membros da base aliada vão perdendo as esperanças de uma reconciliação após o racha que está dividindo PDT e PT, especificamente, Ciro Gomes e Camilo Santana. A única saída para evitar que isso aconteça, opinião quase unânime, é a volta do senador Cid Gomes às negociações. Entretanto, não há sinais de que isso vai acontecer.
Nos últimos dias, voltou a ganhar força a tese de que Cid pode aparecer para conciliar os interesses e ser o candidato da base ao governo do Estado. Essa hipótese, entretanto, já foi rechaçada pelo senador por diversas vezes.
De qualquer maneira, os parlamentares do PDT consideram que a liderança maior do governismo local é o senador. Só Cid, portanto, conseguiria resolver os impasses que persistem.
A declaração do presidente estadual do partido, André Figueiredo, na segunda-feira, de que Cid teria pedido ao irmão para o representar nos diálogos decisivos para a definição do candidato não convenceu a ninguém. Aliados seguem pressionando para que o comando chame Cid de volta aos debates.
O fato de Ciro ter se concentrado nas articulações e posicionamentos na política nacional o distanciou das lideranças emergentes no grupo como deputados, vereadores e prefeitos. Na última década, essa articulação local ficou a cargo de Cid, não de Ciro. E esta é uma das constatações dos aliados para o embate atual.
Outra opinião unânime de diversas fontes desta coluna é em relação ao desfecho da escolha do candidato ao governo. Sem uma intervenção de Cid, Roberto Cláudio e Izolda irão disputar votos no Diretório Estadual e, posteriormente, na convenção. Um processo que será ainda mais desgastante para o partido.
Os apelos são muitos, mas segue sem perspectiva de o ex-governador voltar ao jogo eleitoral.
(Diário do Nordeste)