A defesa de Jair Bolsonaro pediu, hoje, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquive a ação apresentada por partidos de oposição que acusam o presidente de incitar a violência ao proferir discursos de ódio.
Segundo os advogados, os discursos de Bolsonaro citados pelos partidos não têm vinculação eleitoral – não pedem votos para o presidente ou questionam votos em outros candidatos – e, por isso, estão fora do escopo do TSE.
No documento, a defesa de Bolsonaro também diz que “leviano” e “irresponsável” atribuir a Bolsonaro, em razão de seus discursos, atos de violência como a morte do tesoureiro do PT Marcelo Arruda.
A defesa de Bolsonaro se manifestou por ordem do ministro Alexandre de Moraes, que analisou a representação feita pela oposição. O ministro considerou que os pedidos envolvem “relevantíssimas consequências” para Bolsonaro, sendo necessário ouvir o presidente sobre as imputações feitas pelos partidos.
Ao TSE, os partidos Rede, PC do B, PSB, PV, PSOL e Solidariedade argumentam que as falas do presidente configuram-se em estímulos psicológicos que vão construindo no imaginário de seus apoiadores e seguidores a desumanização do opositor.
De acordo com os partidos, “essa prática reiterada durante seus atos de pré-campanha, agendas institucionais, e aparições nas redes sociais vão reforçando no imaginário comum de seus apoiadores a prática da violência, não só “no sentido figurado”, mas efetivamente praticada”