"É uma relação a ser construída, não sei nem dizer direito, porque, na verdade, eu estou onde eu sempre estive. Se houve alguma mudança de lugar, na política, não fui eu que mudei", complementou Luizianne. Aqui, ela reproduziu mesmo raciocínio exposto em discurso feito na plenária do deputado federal José Guimarães, líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, no auditório do Centro Universitário 7 de Setembro.
Ali, em 3 de dezembro, ela perguntou onde estavam alguns petistas nos momentos mais amargos da trajetória recente da agremiação, notadamente quando da deposição de Dilma Rousseff da Presidência, em 2016, e da prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018, no âmbito da operação Lava Jato.
Foi o meio pelo qual ela separou petistas orgânicos de apoiadores fisiológicos ou ocasionais, aqueles cuja adesão a Lula e ao PT ocorre num momento conveniente: com o PT no Governo Federal e no Governo do Ceará.
Luizianne disputa a condição de candidata do PT à Prefeitura de Fortaleza sobretudo com Evandro Leitão (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). Artur Bruno, assessor especial de assuntos municipais do Ceará, cargo vinculado à Casa Civil do Ceará; Guilherme Sampaio e Larissa Gaspar, deputados estaduais, também são pré-candidatos da legenda petista ao Executivo municipal.
"Agora é que, na verdade, o Camilo se aproxima mais da vivência no PT, nesse último ano de 2022, porque até então nós não tínhamos muito a participação dele efetiva dentro do partido. Basta lembrar que a primeira vez que ele apoiou o PT no primeiro turno foi em 2022. Então, significa que havia, digamos assim, uma certa distância", afirma a deputada federal. Ela pondera que, agora envolvido com a dinâmica partidária, "talvez até agora a gente se aproxime".