Os lotes 4 e 5 contam com investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão. A perspectiva é que sejam criados cerca de 1.300 postos de trabalho diretos, e 2.500 de forma indireta nas cidades da construção.
Caminho para o desenvolvimento
Parte do Novo PAC, a ferrovia tem ao todo 1.206 km de extensão em linha principal, atravessando 53 municípios em três estados (Piauí, Ceará e Pernambuco), ligando Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE), na Região Metropolitana de Fortaleza, passando por Salgueiro (PE). O objetivo é transformar o Nordeste em polo exportador de minério de ferro e conectar, por trilhos, o sertão e o mar. A fase 1 do empreendimento já alcançou 70% de execução.
O governador Elmano defendeu que o empreendimento representa a transformação da economia do Nordeste, principalmente nos sertões. “Nós temos um prognóstico de que vamos dobrar o volume de cargas no Porto do Pecém, e vamos ajudar muito várias cadeias produtivas no interior do Ceará. Com a Transnordestina vai vir milho e soja para os produtores de leite, de suíno, de aves. A Transnordestina cruza o sertão, entrando pelo Cariri, passando pelo Sertão Central e Maciço de Baturité, até chegar ao Porto do Pecém. Nosso polo calçadista também vai poder exportar”, afirmou.
Para isso, a ferrovia no Ceará terá um total de 608 km e funcionará com três terminais de carga. Um dos terminais, com foco em grãos, ficará na região entre Iguatu e Quixadá. A localização dos outros dois – um para combustíveis e outro para fertilizantes – ainda será definida pela empresa.
“[Investimento no Ceará] vai ser R$ 6,5 bilhões e vamos ter mais R$ 2 bilhões no Porto do Pecém. Depois, uma parte vai ser feita até mais dentro da produção de grãos no Piauí. É importante para o Ceará aproximar a ferrovia da região produtora de grãos”, explicou o governador.
Os serviços nos lotes 4 e 5 incluem cinco milhões de metros cúbicos de movimento de terra, 11 viadutos , cinco pontes e todo o sistema de drenagem, além das camadas de sublastro do corpo da ferrovia.
Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste, reforçou o compromisso para concretizar a Transnordestina. “O Presidente Lula nos convocou e disse que queria que o Nordeste voltasse a crescer da forma certa, melhorando a vida do povo e gerando empregos. Uma obra estruturante que nos pediu para priorizar foi a Transnordestina. Ela vai mudar a realidade e avançar [a região] cada vez mais”.
Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão também avaliou o impacto da obra para os cearenses. “É importante termos uma economia pujante. Desenvolvimento econômico precede os vetores da competitividade e sustentabilidade; olhar para o ser humano e para o meio ambiente. Essa assinatura é exatamente simbólica. Nós cearenses já sonhamos com a Transnordestina há algum tempo”, concluiu.